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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Sei lá... [escrito naquela semana]

É tudo tão confuso, tão estranho... Sinto-me tão familiarizada com o lugar e com algumas pessoas, mas... ao mesmo tempo, parece que podia ser diferente... São sentimentos que se fortalecem mesmo com a certeza da impossibilidade, outros que sabem que irão perdurar... Solidão. Silêncio. Incerteza. Medo. De quê??? Não sei. É tudo muito incerto... Sim, eu sou imprecisa, não escondo de ninguém...
As lágrimas vêm aos olhos numa recepção ao amor e ao medo, ao que não se conhece, ao que está no mais íntimo do ser, ser que não consegue exprimir o intraduzível... Vontade de chorar... De gritar, silenciosamente... De ir até aquela linha no horizonte, até "ver o sol atrás do monte"...
Estou bem... Feliz, eu acho... É que existem sentimentos, emoções que eu queria poder dizer a todos... Dizer dos meus anseios, dizer que sinto, mas tenho medo... Dizer que sou mesmo estranha e que aprendi a me respeitar como eu sou e, por isso, preciso me sentir aceita também... Se for pra ser amada, que me amem como eu sou. Porque, para mim, o verdadeiro sentimento pode sim superar as diferenças, desde que haja respeito, sinceridade e confiança. Aliás, não sei...
Se tudo é questionável, por que insistir em buscar verdades absolutas???

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