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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Divagações I...

[...]
E o que marca a nossa vida permanece gravado na memória, independentemente de qualquer circunstância... Mais que isso, talvez, não morra no coração... (talvez, teimemos em não querer matar, pela dor da ausência do próprio sentir). Não interessa questionar se isso é bom ou mau. Isso é fato. A lei do universo. Da vida. "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas", já dizia o Pequeno Príncipe. Eu repito e aumento: também nos tornamos responsáveis por tudo o que vivemos, pelas marcas que permancem em nosso caminho... Somos nós os únicos responsáveis pela importância que pessoas, lugares e momentos terão em nossas vidas. Se eu sofro de saudade, a decisão também foi minha. A responsabilidade é minha. Se eu me apego rápido às pessoas, isso é uma responsabilidade minha. O que se há de fazer??? Eu assumo os riscos. Sei que vale à pena, mesmo que nem sempre os fatos se desenrolem como gostaria. O "gostaria" é muito abstrato. Nem sempre aquilo que achamos desejar é aquilo que, de fato, queremos. "Enfim".

"Continuemos" . Não sei o que nos aguarda. "A vida é uma caixinha de surpresas". Tudo é muito relativo e pode acontecer, inclusive, nada pode acontecer. Quanto ao meio termo. Bom, nesse caso, nós temos o tal livre-arbítrio para decidirmos o que fazer com o meio-termo. Tudo ou nada. Opção exclusivamente nossa. Claro, que acidentes de percurso interferem um pouco, diria que atrapalham mesmo as nossas escolhas (e como), no entanto, culpar esses desvios da nossa trilha seria muito cômodo... A escolha é sua, é minha, é nossa... pertence àqueles que arriscam, mesmo com e apesar de. Além-medo. Além-eu. Vivamos.
[...]

terça-feira, 9 de novembro de 2010

"Vivo"

Precário, provisório, perecível;
Falível, transitório, transitivo;
Efêmero, fugaz e passageiro
Eis aqui um vivo, eis aqui um vivo!

Impuro, imperfeito, impermanente;
Incerto, incompleto, inconstante;
Instável, variável, defectivo
Eis aqui um vivo, eis aqui...

E apesar...
Do tráfico, do tráfego equívoco;
Do tóxico, do trânsito nocivo;
Da droga, do indigesto digestivo;
Do câncer vil, do servo e do servil;
Da mente o mal doente coletivo;
Do sangue o mal do soro positivo;
E apesar dessas e outras...
O vivo afirma firme afirmativo
O que mais vale a pena é estar vivo!
É estar vivo
Vivo
É estar vivo

Não feito, não perfeito, não completo;
Não satisfeito nunca, não contente;
Não acabado, não definitivo
Eis aqui um vivo, eis-me aqui.

Composição: Lenine/Carlos Rennó

domingo, 7 de novembro de 2010

Apenas um breve relato de uma tarde muito legal...

Demora recompensada. Uma tarde leve e divertida. Apesar dos contratempos, conseguiu chegar relativamente cedo para o almoço... Uma acolhida duplamente carinhosa... Lágrimas furtivas saltaram de seus olhos, inexplicavelmente (deve ser consequência do uso do computador. rs.)... Com a chegada de mais uma amiga da pequenina, o almoço foi servido... Outros amigos chegaram logo em seguida... Sabores... Conversas corriqueiras... Conhecer pessoas novas. Fortalecer laços... Brincadeiras... A tensão do jogo... Doces ou travessuras??? Os dois. Os dois e um pouco mais... Vitórias... Superações... (e coloca superações. rs.). Porque uma das coisas boas da vida são momentos de descontração como esse... Cada um em suas particularidades completou o mundo do outro por alguns instantes (na realidade, alguns já completam esse mundo do outro). Valeu a pena! Valeu muito à pena!!! Em seu mundo de Silêncios, ouvia as histórias, eternizava os momentos em fotografias, mergulhava nas músicas sentidas. E ela percebe, como sempre, que a vida é mais do que podemos entender, ela é bem mais do que é sentida. Bem mais que trabalhos, bem mais que estudos... É fugir da rotina, sim!!! Porque essas fugas fazem muito bem!!! Trilhas sonoras que fazem alguns viajarem por tempos distantes, ou nem tão distantes... Engraçado como mesmo estando bem, com companhias divertidas, a mente ainda se distrai, ainda busca algo indefinido... As lacunas permanecem, creio que sempre existirão... O final da tarde aproxima-se e, com ele o início da constante nostalgia. 'Que seja doce!', repete o Caio para mim... Foi doce.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010


Talvez ela nunca encontre o que procura... Porque nem ela própria entende o que busca... Ela vê a vida passar, o movimento é constante... As pessoas seguem suas "correrias diárias" sem sequer notá-la... mas, ela permanece ali e, na realidade, não sabe se quer ser notada. Inerte diante do movimento. Em passos lentos, tenta seguir o compasso daquela melodia que a acompanhava, no entanto, quando ela achava que estava perto de acompanhar a melodia, o ritmo mudava de tom ou... era surpreendida pelo Silêncio.

E este, mesmo sendo seu fiel companheiro, por vezes, a incomodava pelos gritos que transmitia ao seu coração... Ela o queria sim, mas, também o repelia... E, entre o som e o silêncio, entre luz e sombras, seguia na trajetória louca do caminho em que se encontrava. 

O ônibus chega. E ela vai. Segue.

*Ouvindo "Imagina só" - Eugênio Cruz

Imagina só... (Eugênio Cruz)



Imagina só, uma menina só
Que na vida não achou o seu grande amor
Pôs a culpa em Deus e se arrependeu
Pois tão logo percebeu que é problema seu
Que dilema da pequena quase que surtou
Tão incrível a força do antiamor
Que problema da garota tupiniquim
Vendo sua vida guiada a um grande abismo, um triste fim
Imagina só, imagina só,

Imagina só...
Uma menina só...
Ela se prendeu num desejo seu
E cercada pelo ardor fez murchar a flor
Tentou depressão, lágrimas em vão
Não tão tarde percebeu que o problema é seu
E vai a vida assim, sabe-se lá se ruim
Feito roleta russa de festim
Não se destrói a dor nem se refaz o amor
Só resta aceitar, não dá pra reclamar do que há
Imagina só, imagina só,

Imagina só...
Uma menina só...

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O real sentido de tudo é que nada faz sentido...
E o que achamos dar sentido a vida são apenas réstias de desculpas humanas para seguir em frente...
Não condeno isso. Eu também tenhos os meus sentidos...
Uns são permanentes, outros mudam com o decorrer do tempo.
Anormalidade normal.
Enfim.
Sigamos.
[...]
Às vezes, é muito triste colocar ponto final,
mas depois de tantas vírgulas,
é mais que necessário.
Hora de iniciar uma nova história.
(e, isso nem é tão triste assim.)
Enfim.