Talvez ela nunca encontre o que procura... Porque nem ela própria entende o que busca... Ela vê a vida passar, o movimento é constante... As pessoas seguem suas "correrias diárias" sem sequer notá-la... mas, ela permanece ali e, na realidade, não sabe se quer ser notada. Inerte diante do movimento. Em passos lentos, tenta seguir o compasso daquela melodia que a acompanhava, no entanto, quando ela achava que estava perto de acompanhar a melodia, o ritmo mudava de tom ou... era surpreendida pelo Silêncio.
E este, mesmo sendo seu fiel companheiro, por vezes, a incomodava pelos gritos que transmitia ao seu coração... Ela o queria sim, mas, também o repelia... E, entre o som e o silêncio, entre luz e sombras, seguia na trajetória louca do caminho em que se encontrava.
O ônibus chega. E ela vai. Segue.
*Ouvindo "Imagina só" - Eugênio Cruz
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