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domingo, 30 de janeiro de 2011

Divagações II...

Seria possível abandonar convicções em prol do outro? Seria possível a renúncia? Haveria uma renúncia recíproca? Sinceramente, não sei se isso seria possível sem que um dos envolvidos num momento determinado se sentisse frustrado...
Talvez, essa seja uma visão meio pessimista, mas... enfim... É como penso nesse momento que chamo 'agora'.
Porque não é tão simples quanto parece. Não é só decidir e está acabado. Decisão implica mudança. E, determinadas decisões não são fáceis de serem adaptadas ao contexto da realidade.
Nesse momento, eu observo o Velho Chico... É noite. O reflexo das luzes da cidade nas ágas do rio torna-o ainda mais belo, apesar dos maus tratos que ele sofre diariamente (algo que me entristece muito). Converso com ele (um dia, fui chamada de louca por dizer que ia a orla para me encontrar com ele - rs.). Fazer o que se ele me ouve? As estrelas estão escondidas. Lembro-me de uma frase que diz que as pessoas que amamos são como elas, mesmo que não possamos vê-las sempre, temos a certeza de suas existências e, esse momento é suficiente  para nos fazer esboçar um sorriso tímido nos lábios.
Luzes multicoloridas nas águas me remetem às luzes de minha vida... Cada uma em sua cor, ou em sua multicor dá um novo sentido a minha existência. Algumas luzes estão distantes e não fazem ideia do quanto seu brilho me atinge e do quanto consegue ser presente em minha vida, mesmo 'ausentes'. Outras luzes estão próximas,  mas não conseguem entender que são luzes para mim. (É uma pena que não percebam o quanto são importantes). O bom é que há luzes que sabem que são luzes, embora desconheçam toda a intensidade do cintilar que habita em meu universo.
O clima úmido diante da orla ocasiona uma interiorização nostálgica. Saudade. É sempre essa a palavra que ecoa em minha alma e em meu coração. Mais que Silêncio, visto que este já é algo que me constitui. A Saudade não é mais um sentimento para mim, é um estado de ser, permanente. Que não sai de mim. Não sai.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Eu só queria uma palavra...
Sei que um abraço seria muito...
E embora saiba que nada disso é possível...
Digo e repito: eu amo.
E, cada vez que vejo o olhar indiferente,
sinto que meu coração se comprime até sentir uma dor aguda que não passa.
Dor infinita. Dor de saudade do que se tem certeza de que não volta.
Dor de relações que se transformaram em ruínas...
Destroços de relacionamentos secos, vazios, inconsequentes.
Cristais fragmentados...
Corações fragmentados...
Vidas fragmentadas...
Incompletas...

...Leveza... (?)

Leveza...
Engraçada sensação de que está tudo bem, artificialmente...
Certa vez questionei a uma amiga sobre a existência de uma felicidade real, plena...
Ela me disse que éramos felizes...
Bom, estou certa de que tive e tenho muitos momentos 'felizes', legais mesmo...
Mas, o que quero é mais que isso.
O que eu desejo, arduamente, é uma felicidade que me inebrie, que me faça sonhar, flutuar, ir além...
Não quero essa felicidade superficial, de que está tudo bem e pronto.
Eu quero que esteja mais que bem.
Eu quero sentir meu coração leve e andar saltitando pelas ruas como criança...
Eu quero contemplar o horizonte e ter a sensação de que tudo valeu e vale a pena...
Eu quero relembrar os momentos e perceber o quanto eles me fizeram crescer...
Eu quero não lamentar o que não foi, o que poderia ter sido...
Eu quero o querer.
O sentir.
O  viver.
Eu quero não ser interrogada pelo motivo de uma suposta tristeza.
Quero que as pessoas entendam meu cansaço e não questionem meus sentimentos.

É tudo muito confuso.
Muito arbitrário.
Tudo.

[...]




quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

...2011...

Hesitei tanto em postar esse primeiro texto por muitos motivos... A falta de tempo é sempre a melhor desculpa, mas, de fato, era a importância ou mesmo uma surperstição boba... O primeiro revelará muito do que esse ano representará... Do que ele já está representando, principalmente, porque isso aqui é quase um diário para mim...

Vamos lá...
Ano de mudanças. Reviravoltas... Engraçado como de uns tempos pra cá, pequenas loucuras tem feito parte de minha vida... Efeito amor à Fundação Casa Grande, eu diria...

Enfim.

Chega um momento em que é necessário entender que não dá mais para viver num mundo de faz-de-contas...
"Faz-de-conta que o tempo não passa, faz-de-conta que o príncipe encantado existe, faz-de-conta que a felicidade sempre chega..."
Cansada. Cansada porque o tempo passa, príncipes não existem, o pra sempre nem sempre é eterno e, felicidade é um estado que vem e pode passar...
É preciso viver a realidade.

Chega um momento em nossas vidas em que certas decisões são inevitáveis... Algumas mudanças são importantes para nosso crescimento pessoal...
Não podemos ter tudo o que desejamos, mas temos a obrigação de aproveitar intensamente tudo aquilo que nos é ofertado pela vida... Sim. Ela é efêmera. E o tempo? O tempo passa velozmente e nos maltrata porque nos põe em prova constantemente...
Seguir. Sempre. Eis a maior realidade, a maior necessidade humana...

[...]

Que seja doce.
Mesmo que e apesar de.