Eis que surge uma decisão: é hora de recuar. Já estive muito tempo de braços abertos. É hora de esperar ser acolhida.
Absurdo: caminhando contra o vento, captando imagens, recordando momentos, olho para o lado e olhares se cruzam. Inacreditável. Mas, era real. Um encontro absolutamente inusitado. Estranhamente inusitado. E lúcido. Sem encantos exagerados. Simplesmente, bom. Acho que nada conseguiria me entusiasmar naqueles dias, com exceção da ciranda embalada pelo som de Fabiana Santiago na última sexta-feira (21)...
Ainda mais confusa. Vejo as águas do Velho Chico irem e virem, como se estivessem brincando com meus olhos, as brisas leves acariciam minha pele e meus cabelos envolvem-se com o vento. Meu pensamento? Meu pensamento voa... Meu pensamento confunde-se. Distante de mim, distante de tudo.
Uma ligação e tudo se dissipa. O teatro me espera. E eu também o aguardava, mesmo sem saber como reagiria ao deparar-me com uma situação da qual eu queria fugir. Reencontro entre amigos. Traçando metas e novos planos. Plantando sementes. Primeiro espetáculo: “Deixar ir”. Nome sugestivo, principalmente, porque mesmo com uma apresentação legal, nos permitiu viajar no túnel do tempo da memória do nosso coração, embalados por uma trilha sonora que tocava a alma... Emoção. Arrepio. Palpitação. Lágrimas contidas.
Segundo espetáculo: Estudo para Encontro Oposto – Impacto? Nem tanto. Representatividade de uma busca incontrolável. O confronto entre os gêneros, entre o movimento e o estático, entre o som e o silêncio.
Fim de espetáculo. Despertar de curiosidades. Seja como for... Enfim... Começo a pensar em desistir de acreditar nas pessoas...
Destino? Qualquer lugar. Avante! Risos, descontração, Cariri, Recife, viagens em pensamento, brincadeiras entre bons amigos... Depois do jantar, da música... Sorvete!!! Já é um novo dia... O sorvete é acompanhado por chuva, tempo frio e um casal ainda encontra clima para uma dança ao som de uma música romântica... A chuva é fortalecida e vem a fuga para o carro. De repente, sangue. Susto e, que susto... O dia é iniciado numa clínica e, mesmo assim, embalado por muito riso... Preocupação e riso. Chocolate para finalizar e... casa... Afinal, daqui a pouco é hora de trabalhar...
Foi um dia inesquecível, certamente...
Hoje, passado algum tempo, relembro esse dia com uma certa nostalgia. A incerteza de dias como esse é notável e isso dói. Dói porque saudade dói e só. Mas uma coisa é certa. Momentos como esse e como outros tantos, nada conseguirá apagar da memória dos nossos corações.
À Kathianne, Fábio, Karllienne, Jonhatan e Nondas.
Valeu, amigos!!!
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