Enquanto não crio coragem para compor meu artigo, teço aqui algumas linhas sobre o Silêncio em minha vida.
Por estar presente em minha vida desde muito cedo, o Silêncio tornou-se elemento constituinte do meu ser... Não foi uma opção escolhida, foi muito mais algo que se adequou a mim e se enquadrou perfeitamente no meu modo de ser.
Uma lacuna habita em mim. “Falto eu mesmo e essa lacuna é tudo”, disse meu amado Machado de Assis. Nem preciso citar a influência clariceana diante de minhas concepções a respeito do tal elemento. Logo ela que é tão eu... Enfim... Algo está para ser dito e é sempre omitido. Medo? Insegurança? Mais que isso. Um abismo está a minha frente. Eu olho para ele e ele me vê, mas o cruzamento desses olhares não é fruto de uma conclusão nietzscheana e, o mais importante, não pretende ser. É uma constatação factual de incertezas e impossibilidades...
Frustração? Insatisfação? Vida.
[…]
Nenhum comentário:
Postar um comentário