Eis que eu ia para casa... Saia do trabalho, corriqueiramente, e dirigia-me para minha casa... Acontece que quando eu chegava em casa, percebia que havia algo diferente... De repente, via crianças numa apresentação e reconhecia aqueles rostos infantis... E me dava conta que minha casa era um palco e que eu conhecia aquele chão. Minha primeira reação foi de abraçar as crianças mais próximas... Em seguida, beijei sofregamente as madeiras que constituíam aquele espaço... Meu Deus!!! Quanta loucura!!! Totalmente onírico... no fundo, eu queria que fosse real... Dizem que alguns sonhos são representações de nossos desejos... Por causa desse sonho, eu acreditei nisso... Desejo do coração. Porque, ultimamente, a saudade tem vindo com maior intensidade... e eu não consigo me conter, não consigo controlar... Dividida entre dois mundos. Um mundo real e o mundo dos encantos... Mas, o mundo dos encantos é longínquo demais, não em quilômetros, mas em possibilidades. E isso, também, é mais forte do que eu. As lágrimas contêm-se... Sabem que não adiantam e nem resolvem nada... Permanecem n’alma. Lá, em seu recôndito oculto e preferido, elas encontram o sossego, ou desassossego de, simplesmente, serem.
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